
Mãe, acrílica s/ tela, 2008, 20x20 cm - fotografia de Lucas Galeno
revista do grupo de pesquisa: estratégias da arte numa era das catástrofes
O Grupo nasceu como Grupo de Estudos e Pesquisa em Arte Contemporânea, na Escola Guignard, UEMG, em 1999. Coordenado por Maria Angélica Melendi, congregava espontaneamente alunos dessa instituição. Em 2002, com o ingresso da coordenadora no quadro de professores da Escola de Belas Artes da UFMG, as reuniões passam a se realizar nessa Escola. Atualmente conta com vinte e um integrantes entre professores doutores e alunos doutorandos, mestrandos, graduandos e bolsistas.
O Grupo desenvolve estudos interdisciplinares, subsidiados pelo cruzamento de vários discursos teóricos e artísticos, avaliando a capacidade da arte em resignificar objetos culturais através de deslocamentos. Levamos em consideração duas vertentes: a primeira contempla os processos de produção da obra; a outra coloca em pauta a questão da identidade do artista a partir da noção do “artista como etnógrafo”, elaborada conceitualmente pelo historiador e crítico Hal Foster em The Return of the Real.
Outro problema que nos ocupa é a configuração do corpo e suas aparições na arte contemporânea a partir da constatação de que a Shoah — o genocídio nazista — se configura como o lugar do trauma e aborda o entrelaçamento das duas problemáticas fundamentais da contemporaneidade: o corpo e a memória. O Terrorismo de Estado na América Latina e as guerras do final do século XX e começos do XXI assimilam-se a esse paradigma. As recentes demandas de memoriais e monumentos para lembrar as catástrofes do século XX colocam os artistas ante o desafio de como e de que maneira lembrar.
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